Dia desses conversei com um grande amigo e ele abriu seu coração no meu divã. Aos prantos o moço dizia que estava em dúvida sobre sua sexualidade. Não vou citar nomes, pois já é extremamente antiético comentar publicamente os problemas sexuais alheios, quem dirá, dando nome aos bois (literalmente). Se eu saísse por aí publicando o nome dos meus confidentes, quem mais daria matéria-prima gratuita para minhas hqs de baixo nível, não é?! Melhor que eu mantenha estes fornicadores... Digo fornecedores no anonimato.
Bem, o problema do moço, que passaremos a chamar de Zezé a partir de agora, é o seguinte: Durante uma puberdade extremamente convencional, Zezé assistia ao programa do Chacrinha. Ele afirma que não era fã do Chacrinha, mas sim das rebolativas Chacretes boazudas. Uma dessas Chacretes era a preferida de Zezé e embalava os intermitentes movimentos manuais voluntários acerca de seu órgão reprodutor, ou seja, a tal Chacrete preferida motivou milhares das milhões de bronhas que o então garoto se dispunha a efetuar. Vinte anos se passaram. Zezé teve muitas namoradas, casou, teve filhos, conheceu a PamelaAnderson para saciar manualmente seus impulsos sexuais fora de hora e arquivou a rebolativa Chacrete preferida numa doce e pueril memória longínqua. Eis que no ano de 2006, uma matéria publicada no Le Monde vocifera:
"A Chacrete preferida de Zezé não era menina... Era menino!"
Bomba! Silêncio dos mais profundos abismos existenciais. Cara de piá cagado estampada na fuça de Zezé.
Sim, prezados leitores. A rebolativa Chacrete preferida de Zezé era uma biba, travesti, trombada, procurava o fim do arco-íris ou qualquer outra metáfora de mau gosto que se encaixe na situação. Começou aí o drama psicológico de Zezé. Vinte anos depois ele descobre que, analisando matematicamente a situação, manteve um sem número de relações sexuais no campo da projeção astral com um homem (biologicamente falando). E foi aí que ele entrou em parafuso (não maliciem o termo) e então me perguntou: - Será que sou gay? Eu disse que não poderia decidir assim o futuro sexual dele. Quem sou eu para dizer o que as pessoas devem fazer com seus orifícios terminais digestivos além do que é obrigatório? Não tenho este poder... Seria uma responsabilidade muito grande. Não sei diagnosticar sequer uma simples sarna, quem dirá uma dúvida psico-sexual de origem tão complexa. Para responder à dúvida de Zezé, disse-lhe que vivemos numa democracia, e que portanto o coletivo julgaria sua sexualidade. Então, coloquei esteblog a serviço de Zezé e aguardo a opinião dos dignos leitores desta merda, para que comentem e opinem sobre o caso. Ao final da votação, vou somar os veredictos e extrair uma média aritmética. Em seguida vou tomar uma vodka dupla e entregar o resultado final para Zezé em papel timbrado. Por favor, olhe a cabeleira do Zezé. Que será que ele é?