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2.9.06

 

Olhe a cabeleira do Zezé.

Dia desses conversei com um grande amigo e ele abriu seu coração no meu divã. Aos prantos o moço dizia que estava em dúvida sobre sua sexualidade.
Não vou citar nomes, pois já é extremamente antiético comentar publicamente os problemas sexuais alheios, quem dirá, dando nome aos bois (literalmente). Se eu saísse por aí publicando o nome dos meus confidentes, quem mais daria matéria-prima gratuita para minhas hqs de baixo nível, não é?! Melhor que eu mantenha estes fornicadores... Digo fornecedores no anonimato.

Bem, o problema do moço, que passaremos a chamar de Zezé a partir de agora, é o seguinte:
Durante uma puberdade extremamente convencional, Zezé assistia ao programa do Chacrinha. Ele afirma que não era fã do Chacrinha, mas sim das rebolativas Chacretes boazudas. Uma dessas Chacretes era a preferida de Zezé e embalava os intermitentes movimentos manuais voluntários acerca de seu órgão reprodutor, ou seja, a tal Chacrete preferida motivou milhares das milhões de bronhas que o então garoto se dispunha a efetuar.
Vinte anos se passaram. Zezé teve muitas namoradas, casou, teve filhos, conheceu a Pamela Anderson para saciar manualmente seus impulsos sexuais fora de hora e arquivou a rebolativa Chacrete preferida numa doce e pueril memória longínqua. Eis que no ano de 2006, uma matéria publicada no Le Monde vocifera:

"A Chacrete preferida de Zezé não era menina... Era menino!"

Bomba! Silêncio dos mais profundos abismos existenciais.

Cara de piá cagado estampada na fuça de Zezé.

Sim, prezados leitores. A rebolativa Chacrete preferida de Zezé era uma biba, travesti, trombada, procurava o fim do arco-íris ou qualquer outra metáfora de mau gosto que se encaixe na situação.
Começou aí o drama psicológico de Zezé. Vinte anos depois ele descobre que, analisando matematicamente a situação, manteve um sem número de relações sexuais no campo da projeção astral com um homem (biologicamente falando). E foi aí que ele entrou em parafuso (não maliciem o termo) e então me perguntou:
- Será que sou gay?
Eu disse que não poderia decidir assim o futuro sexual dele. Quem sou eu para dizer o que as pessoas devem fazer com seus orifícios terminais digestivos além do que é obrigatório? Não tenho este poder... Seria uma responsabilidade muito grande. Não sei diagnosticar sequer uma simples sarna, quem dirá uma dúvida psico-sexual de origem tão complexa.
Para responder à dúvida de Zezé, disse-lhe que vivemos numa democracia, e que portanto o coletivo julgaria sua sexualidade. Então, coloquei este blog a serviço de Zezé e aguardo a opinião dos dignos leitores desta merda, para que comentem e opinem sobre o caso.
Ao final da votação, vou somar os veredictos e extrair uma média aritmética. Em seguida vou tomar uma vodka dupla e entregar o resultado final para Zezé em papel timbrado.

Por favor, olhe a cabeleira do Zezé. Que será que ele é?

pryvieira@yahoo.com.br

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