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27.2.06

 

23.2.06

 

Inscrição para um portão de cemitério


Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"
(Mário Quintana)

17.2.06

 

)*(

Ervilha, milho, seleta de legumes, grão de bico... Todos estes produtos são facilmente encontrados enlatados nas prateleiras de qualquer supermercado. Mas alguém já viu um "ânus enlatado"? Sim minha gente: Fiofó Enlatado! Orifíco terminal digestivo enlatado!!!!
(Para não ter que repetir substantivos grosseiros como o monossílabo que começa com "c" e termina com "u", seguirei a filosofia de Prince - o impronciável. Usarei o símbolo " )*( " que representa perfeitamente o orifício em questão. Também porque minha mãe, que se tornou uma web-senhora, freqüenta este blog e poderia ficar chocada com o vocabulário chulo de sua "cachula".)
Em alguns sites de "acompanhantes" cobram-se R$ 150,00/h a mais pela oferta do )*( . Numa Real Doll, que vem de fábrica só com o orifício feminino mais tradicional, um )*( adicional custa 250 doletas. E um )*( enlatado custa 59.99 Euros na promoção. Quem pode, pode. Aliás, como eu diria: quem pode, phode!
Tendo em vista o custo / benefício dos )*(s em questão, o vencedor é o )*( enlatado. Analisem: O )*( da acompanhante é orgânico e alugado. O próprio mercado imobiliário condena o investimento em aluguel atualmente, além do que, orgânicos são perecíveis. Já o )*( da Real Doll não pode ser levado ao teatro ou à casa da sogra, por exemplo. Já o )*( enlatado é seu discreto e eterno companheiro por apenasmente 59,99 Euros!
Só na Espanha foram vendidos meio milhão de )*(s em um ano. Lá são oferecidos como "el primer artículo para la autosatisfacción masculina" e "único producto en el mundo que posee una patente para su uso en donación de esperma en clínicas de fertilización". Acredito que fecundar um )*( de látex que mais parece uma lanterninha não deve ser muito excitante... Pero, ao menos os espanhóis têm visto luz no fim do túnel.
Mas não só as qualidades citadas na propaganda explicam o sucesso do produto. Um )*( portátil depilado, que não solta pum nem tiras inconvenientemente, que não corre o risco de ter hemorróida
e que não tem cheiro desagradável é o desejo de consumo (no bom e no mau sentido) de meio mundo. Um )*( portátil ainda resolve questões diplomáticas, pois quando o "seu" está na reta, o )*( enlatado pode ser oferecido para entrar na reta sem medo. Aliás, medo é algo diretamente ligado ao )*( , afinal quem tem )*( tem medo. E em época de tanta violência e medo na qual vivemos é melhor ter um )*( de estepe.

Fica uma pergunta: Quando será que inventarão )*( em spray? )*( solúvel? )*( em pó?
Para o consumidor que quiser encomendar seu próprio )*( ou outros orifícios, o site é:
http://www.mifleshlight.com/tienda/default.php?ref=1120
****** E não ganho comissão com o )*( de ninguém.
Texto de Pryscila.

15.2.06

 

Rapidinha

Maomé não vai pular carnaval neste ano. A Associação das Bandas Carnaval do RJ orienta para que a marchinha "Cabeleira do Zezé" não seja executada nos bailes de carnaval.
Além de citar Maomé a letra ainda faz alusão ao homossexualismo, tema tabu no islã.
A Cabeleira do Zezé foi criada na década de 60 por João Roberto Kelly e até hoje nenhum muçulmano reclamou.
"Olha a cabeleira do Zezé
Será que ele é ? Será que ele é?
Será que ele é bossa nova?
Será que ele é Maomé?
Parece que é transviado ,
Mas isso eu não sei se ele é".

 

Platão X Cerveja



Para Platão, o reino da matéria é apenas uma cópia mal feita do mundo das idéias. O mundo real é o reino da falsidade. Em se tratando de beleza física, a grande maioria das pessoas idealizam outros contornos para seus corpos. Mas o conceito de beleza é muito relativo. Pesquisadores da Universidade de Glasgow (Escócia) descobriram que o abismo entre o perfeito mundo das idéias e sua representação no reino da matéria torna-se uma tênue diferença quando o observador é estimulado com alguns drinques. O álcool aumenta a impressão de que as pessoas são mais atraentes.
Segundo a pesquisa, após a ingestão de um litro de cerveja ou duas taças e meia de vinho os observadores passaram a achar as fotos de pessoas que já haviam observado em sã consciência, 25% mais bonitas. Ou seja, um litro de cerveja equivale a 25% de beleza a mais para quem é observado pelo bêbado. Numa básica regra de três, conclui-se que com quatro litros de cerveja, todo ser humano (ou árvore, garrafa de Tubaína, compota de figos...) torna-se 100% atraente, a verdadeira personificação do ideal de beleza de qualquer um.
Não imaginava Platão que o mundo das idéias está a apenas quatro litros de cerveja distante do reino da matéria. Sem anestesia geral, sem academia, sem regime a beleza está a uma graduação alcoólica muito próxima de todos.
Caninha 51 realmente é uma boa idéia.

 

13.2.06

 
Também fazemos cartuns simpáticos para eles...
Bandeira branca...


10.2.06

 

Cáxara de forfe! Cúspere de Grilo!

.
Depois de falar sobre religião, vou para o segundo assunto da polêmica trilogia: futebol.
Bem, sempre me perguntam "para qual time você torce?". Cansei de dizer que torço é o nariz e que não estou nem aí para futebol. Não consigo entender o fanatismo por coisa alguma, quem dirá por este esporte. Para mim é inconcebível alguém razoavelmente inteligente sentir-se representado por um bando de marmanjos que cantam "ouvirumduipirangaasmargeplástica", correndo atrás de uma bola. Para mim, futebol é um comprimido de Soma, droga sintetizada para amansar multidões no livro Admirável Mundo Novo - aqui no Brasil, Admirável Terceiro Mundo Novo. O intuito é alienar o Zé Povo, principalmente em ano de eleição.
Desculpem-me o tom Pedro de Lara herege que assumo sobre o assunto, mas acho sim que futebol é uma droga. Aliena, vicia, inexplicavelmente eleva adrenalina, toma tempo, dinheiro e não traz benefício nenhum (exceto para quem pratica) além de ser uma das maiores lavanderias que se tem conhecimento. Como se não bastasse, que tipo de informação fundamental para a sobrevivência adquire-se após 90 minutos de jogo? Para mim, isto é a mais vã ocupação de tempo do planeta dos macacos (ouço Pedro de Lara tendo orgasmos com minha chatice).
O que me perturba ainda é que muito mais homens do que mulheres gostam do esporte. Isto me intriga, pois é a única coisa que não tem peitos pela qual os homens se interessam momentaneamente.
O fato é que, aconselhada pelo psiquiatra, resolvi superar minha aversão ao futebol e torcer para um time. Realmente faço votos de que este timão que eu escolhi para amar até a morte, alcance os mais altos méritos do mundo futebolístico. Desejo, com todas as forças dos meus movimentos peristálticos, que esta equipe destroce o Santos, chacine o Corinthians, detone o Flu e o Fla, Parmêra, Coxa, River Plate, Milan, Vasco, São Paulo, Botafogo, Fluminense, Cruzeiro, Grêmios-Atléticos-Internacionais de qualquer espécie bem como todo e qualquer timeco que se atreva a cruzar seu caminho iluminado de glórias.
Estou falando do agora meu Esquadrão Zebrado... Do meu Nho-Quim... Do meu amado-idolatrado-salve-salve "XV de Piracicaba"!!!
Meu amado time foi fundado em 15/11/1913. Teve 474 vitórias, 453 empates, não interessa quantas derrotas, 2176 gols marcados e não interessa quantos gols sofridos (p
ara quem quiser saber mais, linkei o site do XVzão nos Pryscilinks).
O hino popular do XVzão tem a melodia mais linda e a letra mais intensa que já ouvi e li. Segue:

Cáxara de forfe... Cúspere de Grilo... Bícaro de Pato
XV! Cra, cra , cra
Ásara de Barata... Nhéque de Portêra... Já que tá que fique...
XV! Cra, cra , cra.
Veio numa Kombi véia... Sem óio de breque... Diócro de raibã...
XV! Cra, cra , cra


Mas o que me convenceu mesmo a torcer para o XVzão de Pira foi a criatividade coreográfica da torcida organizada. Nem a Cia. de Dança Débora Colker teria este poder de síntese. Acompanhem os passinhos da torcida que eu reproduzi abaixo:
XVzão de Pira: te amo até morrer!!!

8.2.06

 

DOG x GOD

DOG e GOD. Coincidentemente um é o inverso do outro na língua mais pop do planeta. Arthur Schopenhauer chamava os seres humanos de bípedes e nutria um profundo desprezo pelo homem (muito maior pela mulher). Mas tinha uma paixão confessa por cães. O que me chamou a atenção na biografia deste solitário esquisitão é que chamava seu amigo quadrúpede de "Atma", que em hindu significa "Alma do mundo". Ou seja, Schopenhauer chamava seu poodle praticamente por Deus. E quando Atma fazia um cocozinho fora do lugar, era repreendido com a expressão "Homem!".
Já os egípcios tinham uma visão diferente sobre a relação entre Deus e cães. Seth era um dos deuses egípcios representado por um homem com a cabeça de um cachorro. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal.
Por conta disso adquirimos o hábito de falar do "tinhoso" usando a palavra "cão".
Aliás, os egípcios eram mestres em caricaturar deuses. Criaram deuses com cara de cachorro, de serpente, falcão, gato e até de vaca, que era nada mais nada menos que a deusa de proteção das muuuuuu-lheres!!
É... Mais complicado do que entender mulher em TPM é tentar entender Deus. Em Eclesiastes existe um texto que diz que tudo é uma tola busca pelo vento. E quem planta vento, colhe tempestade. Ou quem planta peido, colhe cagada. Por isso é melhor parar por aqui, antes que eu fique louca como Jhonn Nash, tentando decodificar ligações perigosamente matemáticas entre a seiva do repolho roxo e as pulgas albinas dos ornitorrincos.

7.2.06

 

Cutucando Salman Rushdie.



Falando nele, aí está Salman Rushdie (escritor que tem a cabeça a prêmio por ter causado a ira do Islã com o livro "Versos Satânicos" que, para resumir mal e porcamente, descreve com irreverência o profeta Maomé). Como disse o Edu na ocasião: "Nunca cheguei tão perto de tantos milhões de dólares...". Que pobreza!!!

Bem, esta foto foi registrada na festa de encerramento da Feira da Literatura de Parati - 2005 ao som dum forró ralo-bucho, num momento em que eu, delicadamente, cutucaria Salman Rushdie para pedir que recitasse uns versinhos para mim. Mas no frame seguinte fiquei com receio de atrapalhar aquele bafinho quente no pescoço entre Salman e a mocinha que balbucia em seu ouvido, então desisti de abordá-lo. Afinal quem sou eu para empatar as relações de Salman Rushdie , não é mesmo?! Mas também, ele estava recusando-se terminantemente a tirar fotos com brasileiros no evento. Não imagino como, mas o Edu foi o único que conseguiu uma foto ao lado de Salman, como vocês podem conferir na imagem menor. Eu presenciei o momento e testemunho que tudo foi feito honestamente. Afirmo que Edu não tinha um quibe escondido no bolso para, em troca da foto, chantagear Salman, que estava enjoado de comer tanta feijoada e beber caipirinha em solo brasileiro. Ele pediu em aramaico e Salman atendeu prontamente graças ao poder de persuasão dos belos olhos azuis associado ao sorriso cativante de Edu, creio eu.
Reparem no Crocodilo Dundee da terceira idade logo atrás, talvez um segurança australiano de Salman. Reparem também na garota de branco à direita que faz um gesto... Hum... No mínimo estranho, com a mão em que amarrou umas fitinhas do Senhor do Bonfim (ou Bom Fim?).
*Uma observação inútil: dizem que o nariz do barbudo da primeira das doze charges (veja no post anterior) é o de Bin Laden. Mas reparem como o nariz de Salman é muito mais parecido... A sobrancelha então, nem se discute... Coincidência? Mistéééééério.

Verso satânico da Pryscila: "Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão... Foda-se. Eu é que não vou catar."


6.2.06

 

Doze charges e um segredo.

As vezes seguro minha onda para não comentar assuntos polêmicos aqui no blog. Mas deste não tenho como escapar. Não vi muitos cartunistas emitirem opiniões sobre. Talvez porque suas mãos direitas estejam correndo risco... e o risco a que me refiro não é de nanquim. Mas tenho pica grossa... Quero dizer, tenho peito! Vamos com ética o suficiente para não ofender nem gregos nem troianos nas linhas a seguir.

Bem, concordo e discordo de toda esta confusão que está acontecendo acerca das charges que retrataram o Profeta Muhammad. O jornal dinamarquês Jyllands-Posten publicou em 30 de setembro de 2005 a primeira charge certamente tendo em vista a polêmica lucrativa de alguma maneira. Mas acredito que não foi por falta de pesquisa ou por inocência que cometeram a suposta "gafe". A OCI (Organização da Conferência Islâmica), pediu na época da primeira publicação que os muçulmanos protestassem pacificamente contra o governo dinamarquês por não ter "condenado categoricamente" a publicação dos desenhos.
Discordo das republicações de cunho sensacionalista (e sabe-se lá mais o quê) em nome de uma falsa liberdade de imprensa por parte de outros jornais europeus. Aliás, como cartunista que sou, concordo com a liberdade de imprensa, desde que haja responsabilidade e respeito. Portanto, não concordo em pisar nos valores éticos e morais de qualquer grupo religioso ou étnico. Logo, concordo com o mau estar que as charges causaram no Islã, que não permite representações (sequer respeitosas) de Muhammad.

Concordo com o pedido de retratação destes jornais europeus para com o Islã... mas não em elevar este pedido de retratação ao país que publicou a charge. Não concordo que o pensamento de uma pessoa possa representar a opinião de um país que se diz democrático e que defende a liberdade de pensamento. Acredito que os muçulmanos têm um uníssono de opinião e, uma charge, talvez represente realmente o pensamento de uma nação. Já entre europeus, o raciocínio talvez não seja o mesmo. Então, não concordo em pregar o ódio por uma nação inteira por conta da idéia infeliz de uma pessoa. "Olho por olhos, dente por dentadura" não é exatamente o lema da justiça árabe. O próprio xeique Ahmad Abdul Aziz al Haddad disse: "Estas charges são provocativas e saíram de mentes doentes de algumas pessoas irresponsáveis". Doentes e irresponsáveis?! Aparentemente o xeique conhece profundamente a alma "cartunística" e tem consciência de que o estrago foi causado por apenas doze homens que supostamente não conheciam profundamente os segredos do Islã.
Não sei se concordo com certas reações por conta dos desenhos, mas de qualquer maneira é um movimento interessante. Por exemplo, o boicote aos produtos dinamarqueses e noruegueses. Em Bahrein queimaram produtos lácteos destes países em praça pública. Tudo bem, eles têm uma das maiores rendas per capita do planeta. Enfim, quem pode, phode!!!
Mas não concordo com nenhuma reação violenta seja qual for o motivo. Alguns jornais publicaram que a recompensa pela cabeça de um desses cartunistas servida na bandeja e regada ao molho vinagrete seria de sete mil euros. Isto sim é uma violência! Poxa, será que um cartunista vale sete mil euros?! Vale lembrar que Salman Rushdie tem a cabeça na bandeja avaliada em milhões de dólares por conta dos Versos Satânicos. Bem, uma imagem vale por mil palavras. Fazendo as contas, numa tétrica matemática, um cartunista teria que fazer centenas de desenhos para se equiparar no mercado de ações em que Salman é avaliado.

Brincadeiras à parte, sempre imaginei que o cartum seria uma linguagem universal e atemporal. Mas parece-me que nossas próprias cabeças tornaram-se o alvo desta arma de comunicação. Agora temos trincheiras e principalmente fronteiras, antes inexistentes. Lamento.
Texto: Pryscila Vieira



4.2.06

 

A arte imita a vida...

Esta passagem logo abaixo aconteceu de verdade não comigo, mas com um amigo meu, muito espirituoso. Achei genial e pedi os direitos autorais do texto para ilustrá-lo.


2.2.06

 

Outra da Amely - Série Explosiva


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